sábado, 2 de julho de 2011

a tua voz fala amorosa...

a

"Qual é a tarde por achar
Em que teremos todos razão
E respiraremos o bom ar
Da alameda sendo verão,

Ou, sendo inverno, baste 'star
Ao pé do sossego ou do fogão?
Qual é a tarde por voltar?
Essa tarde houve, e agora não. 


Qual é a mão cariciosa   
Que há de ser enfermeira minha —  
Sem doenças minha vida ousa —   
Oh, essa mão é morta e osso ...   
Só a lembrança me acarinha   
O coração com que não posso.  " Fernando Pessoa

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